Muitas casas, igrejas e palácios começaram a cair. As pessoas tentaram fugir, mas nem sempre conseguiam escapar.
Muitas correram até à zona do rio para tentarem ficar em segurança. Mas aí aconteceu algo ainda mais estranho: o Tejo recuou e deixou o fundo do rio à vista. Pouco depois, surgiu uma onda enorme que avançou sobre a cidade.
Hoje sabemos que se tratava de um tsunami, uma onda gigante causada pelo terramoto.
Depois disso, houve mais tremores e vários incêndios que destruíram quase tudo o que ainda estava de pé.
Lisboa foi a cidade mais afetada, mas o terramoto também se fez sentir noutras regiões de Portugal.
Cidades como Coimbra, Porto e Évora sentiram o chão tremer, e muitas aldeias e vilas do sul sofreram grandes estragos.
Foi preciso reconstruir praticamente toda a cidade.
Marquês de Pombal, que na época era ministro do rei D. José e coordenava as decisões mais importantes do país, organizou equipas, criou regras novas para melhorar a segurança e decidiu construir uma Lisboa diferente: mais moderna, com ruas direitas e praças largas.
Para tornar os edifícios mais fortes, foi criada a gaiola pombalina, uma estrutura de madeira colocada dentro das paredes que ajudava os prédios a abanar sem cair.
Esta nova área da cidade passou a ser conhecida como Lisboa Pombalina e ainda hoje podemos ver muitos desses edifícios.

O Terramoto de 1755 foi um dos acontecimentos mais marcantes da história de Portugal. Apesar da tragédia, ajudou a transformar Lisboa e a torná-la numa cidade mais preparada e mais segura para o futuro.

