Imagina que tinhas de ir à escola todos os dias da semana… e ficar lá 12 horas ou mais. Nada de recreios longos, nada de fins de semana, nada de tempo com os teus amigos ou com a tua família.
Pois eram assim todos os dias dos trabalhadores há muitos anos. Trabalhavam horas e horas sem descanso - até que decidiram que já chegava.
Onde tudo começou?
Em 1886, nos Estados Unidos, milhares de trabalhadores fizeram greve (ou seja, deixaram de trabalhar) para exigir algo que hoje em dia é normal: 8 horas de trabalho por dia.
Foi em Chicago que os protestos se tornaram mais conhecidos, houve confrontos com a polícia, pessoas presas e até mortes. Mas a luta acabou por dar frutos e o 1.º de Maio passou a ser, em muitos países, o Dia do Trabalhador.
E em Portugal
Em Portugal, o feriado começou a ser assinalado logo em 1890. No entanto, as comemorações pararam com o início da ditadura do Estado Novo, em 1933.
Durante a ditadura, não era permitido protestar ou fazer greves. As pessoas que tentavam comemorar o 1.º de Maio arriscavam ser presas.
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Depois do 25 de Abril, tudo mudou.
No dia 1 de Maio de 1974, milhares de pessoas saíram à rua, foi o primeiro Dia do Trabalhador em liberdade, com muitas pessoas a festejar nas ruas, música, bandeiras, cartazes e muita alegria.
Hoje em dia ainda há lutas por melhores condições de trabalho, o que mostra a importância do respeito, dos direitos e de ter tempo para descansar e estar com a família.
Sabias que…?
- Em alguns países, o Dia do Trabalhador é noutra data (por exemplo, nos EUA e no Canadá, é em setembro).
- Há profissões que continuam a trabalhar mesmo nos feriados, como os bombeiros, médicos ou jornalistas.
- Ainda hoje, há pessoas que lutam por melhores salários, horários justos ou condições de segurança no trabalho.