Armas nucleares, um alerta que atravessa o mundo

SIC Explica-me

Armas nucleares, um alerta que atravessa o mundo

Sabias que 26 de setembro é o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares? É um dia importante para pensarmos neste tipo de armas muito perigosas. Talvez já tenhas ouvido falar delas nas notícias, porque existem guerras no mundo e alguns dos países envolvidos têm este tipo de armamento.

O que são armas nucleares?

As armas nucleares são armas que conseguem destruir cidades inteiras em segundos. Quando explodem, libertam quatro tipos de energia ao mesmo tempo:

  • uma onda de choque, que derruba prédios e arrasa tudo à volta;
  • uma luz muito forte, que pode cegar as pessoas;
  • um calor intenso, capaz de provocar incêndios e queimaduras tão graves que matam;
  • e a radiação, um veneno invisível que contamina o ar, o solo e a água. Pode deixar todos os seres vivos doentes por muitos anos e até alterar os genes, afetando também aqueles que ainda vão nascer.

Existem diferentes tipos

Bombas atómicas, também chamadas bombas de fissão.

Funcionam através da divisão de partículas minúsculas e libertam muita energia. Foram estas as armas usadas em 1945, na Segunda Guerra Mundial.

Bombas de hidrogénio, também conhecidas como bombas termonucleares.

São ainda mais fortes do que as atómicas, porque além da fissão também usam fusão. A mais poderosa de todas, a Tsar Bomba, foi testada pela União Soviética em 1961 e foi milhares de vezes mais destrutiva do que as bombas usadas em 1945.


O que aconteceu no passado?

As bombas nucleares só foram usadas duas vezes, no final da Segunda Guerra Mundial, em duas cidades japonesas: Hiroshima e Nagasaki. Milhares de pessoas morreram de imediato.

Estes ataques foram tão destrutivos que deixaram o mundo em choque. Ficou claro que usar armas nucleares traz apenas tragédia e sofrimento para milhões de pessoas e para o planeta. Foi a partir daí que cresceu a ideia de que nunca mais deveriam ser usadas.

Então, e ainda existem?

Apesar de serem tão perigosas, alguns países continuam a guardá-las como forma de ameaça. A lógica é: “se me atacares, eu também posso usar armas nucleares contra ti”. Essa forma de pensar chama-se dissuasão.

Existe um movimento internacional para acabar com elas. Em 2017, a Organização das Nações Unidas aprovou um tratado que proíbe totalmente as armas nucleares, para tentar construir um mundo mais seguro e sem esta ameaça.

Várias dezenas de países assinaram o tratado e comprometeram-se a nunca desenvolver ou possuir armas nucleares. Mas outros países não assinaram e são os que as têm, como é o caso dos EUA, Rússia, Reino Unido, China, França, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Desconfia-se que Israel também terá armas nucleares, mas nunca assumiu que as tem.