Os tornados têm tanto de surpreendentes como de assustadores. São o fenómeno atmosférico mais violento à superfície terrestre e o seu poder de destruição é gigante.
No início de maio foi notícia um fenómeno meteorológico de ventos fortes que destruiu telhados, arrancou postes e partiu várias árvores em algumas zonas de Portugal.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) veio agora confirmar que aconteceram mesmo tornados em Beja e no Sardoal.
No dia 2 de maio, em Porto de Peles, Beja, o tornado que atingiu a localidade provocou rajadas de vento até 180 quilómetros por hora.
No mesmo dia, em Degolados, Campo Maior, os ventos atingiram os 220 quilómetros por hora. E no dia seguinte, no Sardoal, os ventos também chegaram aos 180 quilómetros por hora.
Depois de analisada a documentação disponível e a destruição causada, foi possível qualificar os tornados que ocorreram em Portugal nas categorias F1 e F2.
Os tornados medem-se pelos estragos que causam e pela velocidade do vento. O IPMA explicou que, pela primeira vez, aplicou a escala de Fujita.
O que é a Escala de Fujita?
É a escala mais utilizada para medir o “tamanho” dos tornados. O nome deve-se ao cientista Tetsuya Theodore Fujita, da Universidade de Chicago, que a desenvolveu em 1971.
A Escala de Fujita é parecida com as notas da escola: quanto maior o número, mais forte é o tornado. É como se fosse uma régua dos tornados, para sabermos se é só um ventinho ou um vendaval muito perigoso.
No início deste século a classificação de Fujita foi ligeiramente modificada por cientistas do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA. Esta escala está a ser aplicada desde 2007 e tem seis categorias (EF0 a EF5).