Faz de conta que essas luzinhas são os neurónios. E agora imagina que os neurónios são casas e que entre elas existem ruas e pontes. Quando aprendes, os neurónios começam a construir novas pontes entre eles. Quanto mais treinas, mais fortes ficam essas pontes.
É por isso que, quando repetes um exercício várias vezes, ele fica cada vez mais fácil.
O cérebro também gosta de guardar memórias em "gavetas". Algumas ficam abertas e são fáceis de alcançar (como a letra de uma música que adoras e que decoras num instante), mas outras precisam de ser visitadas várias vezes até ficarem bem guardadas.
É como arrumar uma coisa importante numa gaveta: para não te esqueceres onde está, tens de ir lá espreitar de vez em quando.
O cérebro dorme para descansar e arrumar tudo
O cérebro também precisa de descansar para trabalhar bem. É durante o sono que ele organiza tudo o que aprendeste, como se fosse aquela pessoa da biblioteca que recebe os teus livros e os arruma nas prateleiras certas.
Enquanto faz essa arrumação, o cérebro processa o que aconteceu durante o dia.
É por isso que, muitas vezes, sonhas com algo que viveste ou aprendeste. É como se o teu cérebro estivesse a “rever o filme” do dia para guardar e organizar tudo da melhor forma.
Não deixes o cérebro ganhar ferrugem!
Além disso, o cérebro é como um músculo. Se o exercitares com jogos, leituras, contas ou novas aprendizagens, ele fica cada vez mais ágil e rápido. Mas, se o deixares parado muito tempo, é como se ganhasse ferrugem: demora mais a arrancar, custa mais a lembrar e perde força.
Por isso, aprender é como construir uma cidade cheia de luzes, pontes e bibliotecas. Quanto mais cuidares do teu cérebro mais forte e rápida ficará a tua cidade das ideias.