As auroras acontecem quando partículas vindas do sol, como pequenas faíscas invisíveis, chegam à Terra e colidem com os gases da nossa atmosfera.
É um pouco como uma lâmpada que se acende quando passa corrente elétrica, só que, neste caso, são as partículas do sol a reagir com a atmosfera e a fazer o céu brilhar.
Essas luzes aparecem junto aos polos, onde o campo magnético da Terra é mais forte e atrai essas partículas. No hemisfério norte chamam-se auroras boreais; no hemisfério sul, auroras austrais.
As cores variam consoante o tipo de gás atingido!
O tom verde, o mais comum, vem do oxigénio.
Os tons avermelhados, rosados e violetas aparecem quando o nitrogénio entra em ação.
Se quiseres ver uma aurora boreal, deves viajar para lugares frios e do norte, como a Noruega, Finlândia, Suécia, Islândia, Canadá ou Alasca. O melhor momento é entre setembro e março, quando as noites são longas e escuras.
E em Portugal, também as podemos ver?
Sim, embora seja um fenómeno raro e não tão espetacular. Nos últimos anos, com o aumento da atividade solar, estas luzes têm surgido mais vezes, sobretudo no Norte e Centro do país, em locais com pouca poluição luminosa.
Em 2024 e 2025 já foram observadas várias, visíveis a olho nu em regiões como Viseu, Guarda, Minho e Alentejo.
As auroras são perigosas?
As auroras boreais não são perigosas. A atmosfera protege-nos. Essas partículas entram em contacto com os gases a dezenas de quilómetros de altitude, muito acima das nuvens e dos aviões.
O que pode acontecer, mas é raro, é afetar a tecnologia. As partículas que criam as auroras podem interferir com satélites, comunicações por rádio ou sistemas de navegação GPS.