Um GPS na cabeça? É quase isso!
🧭🗺️As aves migratórias, como as andorinhas ou os gansos, nascem com uma espécie de bússola e mapa no cérebro. Usam vários "truques" para se orientarem:
- Sentem o campo magnético da Terra, como se tivessem uma bússola interna;
- Observam a posição do sol durante o dia;
- Guiam-se pelas estrelas à noite;
- Reconhecem paisagens, rios e montanhas;
- Ouvem sons ou cheiros que as ajudam a saber por onde ir.
Os gansos, por exemplo, são mestres da poupança de energia! ⚡️
Quando migram, voam em formações em V, o que lhes permite aproveitar as correntes de ar criadas pelas asas do ganso da frente, como se estivessem a fazer surf no vento.
Assim, todos gastam menos energia! E quando o líder da frente se cansa, troca de lugar com outro ganso, para descansar enquanto continua a voar. É um verdadeiro trabalho de equipa no céu!
Algumas aves são navegadoras incríveis:
- A andorinha-do-mar-ártica viaja do Polo Norte ao Polo Sul. São mais de 70 mil quilómetros por ano, numa ida e volta.
- O maçarico-de-cauda-curta pode voar 11 mil quilómetros sem parar, do Alasca até à Nova Zelândia — sem comer, beber nem descansar!
- Os pombos-correio eram usados em guerras para levar mensagens, porque sabem sempre voltar para casa.
Como não se perdem?
As aves jovens fazem a primeira viagem sozinhas, sem os pais, e mesmo assim chegam ao sítio certo. Como? A migração está “escrita” nos genes. É como se já nascessem com o plano de viagem gravado!
Algumas aves também aprendem o caminho a observar as mais velhas, como se estivessem numa escola de voo.
E o que acontece se se enganarem?
Às vezes, acontece. Uma tempestade ou um erro de direção pode levar uma ave para muito longe do destino. Mas a maioria consegue corrigir o percurso e encontrar o caminho certo.
As aves não têm telemóvel, nem mapas, nem GPS. Mas a natureza deu-lhes superpoderes de orientação! Usam o céu, o magnetismo da Terra e até o olfato para viajarem por continentes inteiros. E quase sempre acertam no caminho.

